A música é uma linguagem universal, que exerce grande influência nas nossas vidas. Em certos casos, especialmente a mensagem “embutida” nos versos de uma canção tem o poder de abençoar e transformar. É o que ocorre no capítulo 100 do Livro de Salmos: “Celebrai com júbilo ao Senhor todos os moradores da terra. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a ele com canto” (v. 1-2).
Esse salmo foi escrito pelo rei Davi, um homem muito especial. Como um dos reis mais influentes em toda a terra (certamente o mais poderoso de Israel), Davi foi um realizador, um conquistador, que avançou e venceu grandes batalhas e obteve o respeito e o amor do seu povo. Um homem que pode experimentar, neste mundo, tudo de bom a que um rei pode ter acesso e que nos ensina a cultuar a Deus como forma de gratidão; e na forma de canto.
Esse é um pensamento muito interessante, primeiramente porque a maioria de nós tem o hábito de tomar a glória para si em face das conquistas e realizações. É comum nos esquecermos de que tudo vem de Deus, de que tudo está nele e constitui uma dádiva. E depois, porque não somos acostumados a utilizar a música como forma de agradecimento.
Não era o caso de Davi. Esse rei sabia que, apesar de possuir um grande potencial, não seria capaz sequer de levantar pela manhã não fosse pela bondade de Deus. Assim, a sua gratidão ao Altíssimo tornara-se a condição de explorar a sua inteligência e percepção; e que, expressa na forma de música, converter-se-ia não apenas no exercício eficaz de seus talentos como em adoração genuína ao Senhor.
A celebração na forma de canto, como sugerida no salmo 100, pode levar a um nível tal de adoração, que transcende os limites da música, transformando-se em estilo de vida, em expressão espontânea e verdadeira da sua gratidão. E é exatamente isto que Deus está procurando: pessoas que o adorem em espírito e em verdade.
Em Cristo,
Ap. Rina