Esses dias, vi na TV uma reportagem sobre a tocha olímpica e não
pude deixar de compará-la à vida espiritual do cristão e de referir-me à
primeira parte do versículo 20 no capítulo 26 de Provérbios, “[s]em
lenha o fogo se apaga”.
A tocha olímpica é um símbolo profano. Ela evoca a lenda grega de
Prometeu, que teria roubado o fogo de Zeus para entregá-lo aos mortais;
e razão por que se deve manter acesa em todo o tempo. No entanto,
principalmente nos jogos da era moderna, sua simbologia está associada
ao vigor e energia do fogo e, por conseguinte, ao pulso da vida. A chama
não pode se apagar.
O próprio manejo da tocha, durante as Olimpíadas, representa essa
idéia: o fogo sai da cidade de Olímpia (onde é aceso meses antes, em
cerimônia especial) e é levado ao local de realização dos jogos.
Geralmente atletas se revezam no seu transporte, mas já houve o caso da
utilização de outros meios, como um barco, na travessia do Canal da
Mancha, nos Jogos de 1948, um avião para levá-la a Helsinque, em 1952, e
um cavalo, nas provas de Estocolmo, nos Jogos de 1956.
Esse aspecto tem a ver conosco justamente no fato de que o
cristão, do mesmo modo, deve manter acesa a chama de Cristo em seu
coração, o que, por sua vez, faz intrínseca referência ao versículo de
Provérbios: a única maneira de o lograrmos é colocando “lenha”
constantemente no fogo da nossa fé.
Isso nem sempre é fácil. Temos a tendência a esfriarmo-nos muito
rapidamente diante dos percalços da existência ou dos desafios que
requerem um pouco mais da nossa busca. Daí a importância de nos
empenharmos na oração, na leitura da Palavra, na prática do jejum. Elas
não apenas funcionam como combustível para produzir o fogo, mas como
verdadeiros “gravetos” espirituais em sua manutenção. Certamente, mais
importante que acender o fogo é manter a chama acesa.
No amor do Pai,
(TEXTO tirado BOLA DE NEVE - Fala Pastor Ap. Rina)