1 - PRIMEIRA PARTE
"Hein,
mas esses jovens de hoje, estão tão alienados...". Expressão, que já
ouvimos algumas vezes na vida, provavelmente foi entendida como se referindo ao
fato de que, na juventude, não temos muita responsabilidade, queremos mais é
curtir a vida. Mas, afinal de contas, será que somos alienados? O que é, então,
alienação?
Alienação é a
condição psico-sociológica de perda da identidade individual ou coletiva
decorrente de uma situação global de falta de autonomia. Encerra, portanto uma
dimensão objetiva -- a realidade alienante -- e a uma dimensão subjetiva -- o
sentimento do sujeito privado de algo que lhe é próprio.
Capaz de
ameaçar o trabalho e a consciência humana desde seus primórdios, a alienação
afeta principalmente o homem do mundo moderno, em que as relações sociais se
tornam cada vez mais determinadas por seu aspecto mercantil ou econômico-financeiro.
“Veja: se não tivermos nossa independência de
pensamento e ação, ou seja, se não conseguimos refletir sobre aquilo que vemos
e ouvimos, ou se concordamos com tudo o que acontece, então podemos estar
vivendo de uma forma alienada. Segundo a filósofa brasileira Marilena Chauí, a
alienação acontece quando o homem não se vê como sujeito (criador) da história
e nela, capaz de produzir suas obras. Para o homem alienado, e segundo esta
mesma visão, a história e as obras produzidas nela são fatos estranhos e
externos. E, sendo estranho tal homem não o pode controlar, ficando numa
posição de dominado. - (FONTE LIVRO DE ENSINO MÉDIO)”
Hoje em dia
temos vivenciando, não o cristianismo historicizado, contextualizado,
comprometedor e libertador, desejado pelo Jesus histórico, mas um cristianismo
nas nuvens, descaracterizado na sua essência, um cristianismo alienante, e por
isso, muito perigoso. É a era do espiritualismo cristão exarcebardo.
Será que
estamos vivendo como alienados, será que conhecemos a vida que vivemos, será
que vivemos de acordo com que Deus quer para nós. Mas isso fica pra segunda
parte do nosso assunto...